Ser escravo no brasil
Kátia Mattoso em sua obra “Ser escrevo no Brasil” ela nos transporta para o momento das perseguições na África, dos acordos entre os diversos líderes africanos e europeus; fala a respeito das trocas de mercadorias; das repugnantes viagens, ajudando a criar uma sensação de compreensão dos elementos históricos que compõe tal processo.
Kátia realiza um trabalho mais restrito as histórias da vida cotidianas e das estruturas da categoria escravo na sociedade, suas solidariedades, seus preconceitos, seus comportamentos.
Em suma, é visível a essência para os cativos em viverem dentro de comunidades, para a autora os laços de solidariedade eram fortificados por meio do grupo e não da família, uma vez que, a vida enquanto grupo familiar estava comprometido devido a grande proporção do poder comercial que transformava o negro em mercadoria de venda, compra e troca comercial.
Podemos analisar que os números de famílias nuclearem eram muito pequenos, tornando possível a não constituição da personalidade, assim os negros buscavam os seus valores nas comunidades. Pois a constituição de uma organização comunitária entre os escravos, só ocorria se houvesse uma expressiva quantidade de negros agrupados em grandes unidades produtivas.
Nas pequenas escravarias era possível ver uma ameaça, pois a sua pequena sociedade negra estava sujeita a incorporar a cultura dos brancos e perder de vez as suas tradições africanos.
A autora trabalha a comunidade como um conjunto formado por um bom número de pessoas que compartilham da mesma cultura e tradições. Em meio à constituição destes laços, os negros utilizavam os ritos sagrados do matrimonio e do batismo cristão, para ampliarem as suas uniões conjugais e parentais com outros escravos de outras propriedades, visando fortalecer seus elos de sociedades que havia sido rompido ao saírem da África para o Brasil na condição