sepse
Bianca de Lima Dias *
Lucivaldo Ferreira Martins *
Eduarda Ribeiro dos Santos***
1. Introdução
Sepse é definida como uma síndrome de resposta inflamatória, secundária à infecção sistêmica, manifestada por duas ou mais das seguintes condições: taquicardia, taquipnéia, hipertermia/hipotensão, leucocitose/leucopenia, entre outros. Apesar desta definição o diagnóstico precoce da sepse é um dos desafios em que clínicos ou intensivistas se deparam, pois na prática estas manifestações clínicas podem passar despercebidas ou facilmente confundidas com outros processos não infecciosos, tornando assim a identificação tardia.
Um quadro crescente de complicações podem desenvolver-se nos pacientes acometidos pela sepse, classificando como principais agravos a Sepse grave e choque séptico. onsiderando que sepse grave é a sepse associada à disfunção de órgãos, dentre as principais alterações estão: confusão mental, injúria pulmonar aguda, distúrbios de coagulação, falência renal, cardíaca ou hepática. E choque séptico ao associar-se aos sinais de hipoperfusão e hipotensão refratária à reposição volêmica
Estudos realizados em UTIs trazem dados relevantes à epidemiologia da sepse no Brasil. O estudo BASES em 2004 avaliou 5 UTIs, numa amostra de 1383 pacientes, mostrou que cerca de 25% dos pacientes internados apresentavam critérios diagnóstico para sepse, sepse grave ou choque séptico. Um outro estudo, Sepse Brasil, onde a pesquisa foi mais ampla abrangendo 75 UTIs em 2006, incluindo 3128 pacientes, 16,7% foram identificados como sepse, sepse grave ou choque séptico, mostrando taxas de mortalidade de 16,7%, 34,4% e 65,3%, respectivamente.
O tratamento
A sepse é a principal causa de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), apesar de modificações no manejo, seu reconhecimento geralmente não ocorre em tempo hábil, sendo recorrentemente associada a complicações. Neste contexto, justifica-se a necessidade deste