sentido a concepção de justiça atingida no final do livro IV da República estende, completamente e fundamenta o argumento apresentado por Sócrates em favor da justiça no livro I.
O argumento do livro IV trata do que é a justiça, onde ela é examinada. É colocado como injusto a sedição dos elementos corpóreos, que é colocado em três: a intriga, uma inerência no alheio e uma sublevação de uma parte contra o todo e possuem uma natureza humana. Sabendo-se o que é injusto, e o que é no corpo e também na alma. É colocado também que é da natureza do homem ser justo, e ser injusto foge a sua natureza, sendo a virtude considerada uma espécie de saúde, beleza e bem estar na alma. Depois de Sócrates investigar se é proveitoso exercitar a justiça, praticar as belas ações e ser justo, é colocado só uma forma de virtude, e infinitas de vícios.
No livro I também se analisa o que é a justiça, na primeira parte da discussão, chega-se a conclusão de que a justiça é virtude e sabedoria, e a injustiça maldade e ignorância. Na segunda parte do discurso a cerca da relação entre justiça e injustiça, é falado que cada coisa tem a sua função que lhe é devido, tendo-se assim uma virtude que lhe é própria. No final Sócrates admite não saber o que é justiça, menos ainda se dá a justiça como virtude ou não, e se quem a possui é feliz ou não.
Logo, o argumento do livro I complementa-se no livro IV, quando Sócrates pergunta à Trasímaco, se ele concorda se “seria injusto para um estado tentar submeter injustamente outros estados e reduzi-los à escravatura (...)?”, é complementado no livro IV na medida em que é colocado que onde é colocado como injusto a sedição dos elementos corpóreos, que é colocado em três: a intriga, uma inerência no alheio e uma sublevação de uma parte contra o todo e possuem uma natureza de escravidão, pois não é algo pertencente à alma humana. No livro I também é colocado o argumento, onde Sócrates, tratando da justiça como virtude coloca que “a alma tem função que