Senso comum
O senso Comum1
A compreensão da realidade se faz à medida que damos sentido ao mundo e agimos sobre ele. Precisamos de interpretações, de teorias, por mais simples que sejam, a fim de organizar o aparente “caos” que nos envolve. Toda vez que nos faltam “esquemas de pensamento”, sentimos que o chão nos foge dos pés. Essa base teórica, porem, não precisa ser tão elaborada como a filosofia ou a ciência, que, aliás, são formas tardias e elitizadas de explicação do mundo. O mito, a religião ou o saber comum fornecem os elementos necessários nesse primeiro tatear do conhecimento sobre a realidade e ao enfrentamento das dificuldades do cotidiano. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir. A seguir veremos o que caracteriza o senso comum:
- São opiniões correntes sobre os fenômenos sociais. Ex.: Todo político é ladrão, ou toda pessoa que entra na política se torna um ladrão.
- É o conhecimento recebido por tradição e que nos ajuda a nos situarmos no cotidiano para compreendê-lo e agir sobre ele. Ex.: Manga com leite faz mal.
- É o conjunto de crenças que nos ajudam a viver e a interpretar o mundo. Ex.: Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus. Ex.2: Homem não chora nem por dor, nem por amor.
- Ajuda a organizar a vida. Ex.: Os europeus são frios enquanto os latinos são calientes. Ambos por causa dos climas aos quais estão submetidos.
- Analisa o mundo superficialmente e sem crítica. É aquela opinião que as pessoas têm sobre tudo. O que você pensa sobre os animais? E sobre estudar? E sobre as patricinhas?
- É um conhecimento particular, restrito a uma pequena amostra da realidade, a partir do qual são feitas generalizações apressadas e imprecisas geralmente. Ex.: Cariocas são bonitos, cariocas são bacanas, cariocas são dourados...Cariocas não gostam de dias nublados.
- Está ligado à percepção imediata, pessoal e efêmera do mundo. Ex.: Diga-me com quem