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Magda Vianna de Souza
Palavras chave : globalização e identidade.
“O processo de globalização leva a sociedade a ver o mundo como “um só lugar” ”.
A frase acima é utilizada com freqüência para caracterizar a sociedade contemporânea. Vista isoladamente, sugere que a sociedade tende a se unificar, anulando as diversidades e as culturas regionais. No entanto, a dinâmica societária traz evidências contrárias. Autores como Canclini, Castells, Featherstone, Giddens, Hall e Ianni evidenciam, em recentes estudos, que a atual fase da globalização vem provocando reações que buscam uma redescoberta das particularidades, das diferenças e dos localismos.
O processo de globalização estabelece uma nova relação entre as culturas locais e a cultura global. A disseminação da cultura mundializada influencia os padrões de comportamento, provocando uma valorização da tradição e um fortalecimento dos regionalismos manifestos na identidade cultural.
A identidade cultural é vista como uma forma de identidade coletiva característica de um grupo social que partilha as mesmas atitudes e, está apoiada num passado com um ideal coletivo projetado. Ela se fixa como uma construção social estabelecida e faz os indivíduos se sentirem mais próximos e semelhantes.
O processo de revalorização das particularidades e dos localismos culturais é inegável no atual momento histórico social. Ao mesmo tempo em que são incorporados costumes e valores de outras culturas aos hábitos do cotidiano, em todas as latitudes, os localismos voltam a ser valorizados. Há uma busca das particularidades e o senso de diferença se intensifica cada vez mais em todas as regiões do planeta.
O objetivo deste trabalho é examinar as repercussões da globalização sobre a cultura das sociedades, mais especificamente, os efeitos do processo sobre as identidades e as culturas locais.
Para tanto, inicialmente, serão revistas algumas idéias referentes ao processo