sene
Cassia angustifolia Vahl. e outras espécies semelhantes do mesmo gênero conhecidas por sene, foram trazidas para o Brasil na virada do século IX e sua introdução no país é atribuída à imigração árabe. Como estas plantas encontraram condições ecológicas propícias, rapidamente se espalharam, sendo encontradas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Sua utilização em nossa medicina popular é como laxativo. (BOTSARIS, 2007)
Os componentes da planta, utilizados como matéria-prima, são as folhas secas e as vagens, e caracterizam-se, principalmente, pela presença de substâncias antraquinônicas livres e combinadas: crisofanol, aloe-emodina, antranol, reina, reina-8-glicosídeos, reina diglicosídeo, reina antrona-8-glicosídeo, senosídeo A-F. (OLIVEIRA & AKISUE, 2000).
Segundo Botsaris (2007), os folíolos são a parte da Cassia angustifolia utilizada para fins fitoterápicos, eles apresentam odor fraco, entretanto característico e sabor mucilaginoso e amargo. É uma planta típica de regiões tropicais, que espontaneamente vegeta melhor em locais montanhosos e menos nas proximidades de grandes rios.
O Sene está classificado entre os laxativos antranóides, derivados das antraquinonas, e tem como princípio ativo os senosídeos A e B, que são farmacologicamente inativos, comportando-se como pró-drogas naturais (PERON apud OLIVEIRA et al, 2008). É indicado na constipação por inércia intestinal, em condições que exigem facilidade de defecação como fissuras anais e hemorroidas, e em situações em que se quer um esvaziamento intestinal (exames radiográficos, pré e pós-operatórios). (ROCHA, 2006).
Os senosídeos são convertidos pelas bactérias do intestino grosso em seu metabólito ativo, a reinantrona. Os senosídeos aceleram a motilidade intestinal, o que resulta em aumento da frequência das evacuações, reduzindo, portanto, a absorção de fluidos pela parede intestinal. Estimulam, ainda, a formação de muco e ativam a secreção de cloretos, o que