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Em 1929, a revista Documents publica dois pequenos artigos anônimos, ambos intitulados “Homem”. Lê-se no primeiro deles: “Homem. – Um eminente químico inglês, o Dr. Charles Henry Maye, empenhou-se em estabelecer de forma exata de que é feito o homem e qual é seu valor químico. Eis os resultados de suas sábias pesquisas. A gordura de um corpo humano de constituição normal seria suficiente para fabricar sete porções de sabonete. Encontram-se no seu organismo quantidades suficientes de ferro para fabricar um prego de espessura média e de açúcar para adoçar uma xícara de café. O fósforo daria para 2.200 palitos de fósforo. O magnésio forneceria matéria para se tirar uma fotografia. Ainda um pouco de potássio e de enxofre, mas em quantidade inutilizável. Essas diversas matérias-primas, avaliadas na moeda corrente, representam uma soma em torno de 25 francos”(...) (MORAES. Eliane Robert. O corpo impossível. São Paulo: Iluminuras,2002, p. 125)
Considerando o texto acima, analise as seguintes afirmações:
I. No título, a palavra “inumana” instaura o subentendido de que os corpos parecem não pertencer à condição humana.
II. A imagem que decompõe o homem em porções para definir “de forma exata do que ele é feito” reduz o corpo humano a um quase-nada, poucas qualidades de matéria e quantidades irrisórias.
III. De acordo com as quantidades de gordura, ferro, fósforo e magnésio, imagina-se o potencial correspondente de sabonetes, pregos, palitos e fotografias.
IV. O último período deixa subentendido que o corpo humano, somando-se os elementos que o compõem, valeria apenas 25 francos, por mais ilógico que possa parecer.
V. O nome do “eminente químico” Dr. Charles Henry Maye é um pressuposto que revela a importância de um artigo escrito em 1929 para a ciência atual.
Está INCORRETO o que se afirma em:
I e II II e III III e IV V
Resposta: c