Semótica
A competência cultural da vida quotidiana:
A semiótica é uma teoria que realça a comunicação como geradora de significação. No centro está o signo.
Dizendo melhor – a semiótica compreende: 1) signo, 2) códigos ou sistemas, 3) cultura. Presta atenção ao texto (cultural), considerando-se que o receptor ou leitor possui um papel activo.
Quando lemos colocamos as letras juntas para criar palavras e juntamos palavras para forma frases significativas. Algo semelhante acontece com imagens e com sons. Cada um destes elementos, visuais e musicais, podem funcionar como signos. De acordo com Saussure, um signo consiste num significante material e num significado imaterial. O significante é uma entidade concreta à qual ligamos ou associamos uma ideia ou noção. Esta ideia é o significado. Estas associações estão estabelecidas por um código ou regras que aprendemos desde pequenos. Estas regras são convenções que associam um significante a um outro significado.
1) Relações entre o significante e o significado: arbitrariedade e motivação: Saussure estava mais interessado na linguagem verbal e não nos signos visuais. Uma das coisas que caracteriza a linguagem em comparação com as imagens é que a relação entre o significante e o significado é acidental ou arbitrária. Por exemplo, não há nada nos cães que determinem que o som “cão” é usado para nos referirmos a eles, por isso é que em línguas diferentes usam-se sons diferentes: o mesmo animal, mas diferentes palavras. Isto acontece porque estabelecemos uma convenção que assim o determinou.
Em linguagem o significado é vago enquanto que a visualização do signo é bem mais específica. As fotografias e os desenhos são também moldados de acordo com as convenções que seguimos, isto é, de acordo com certas regras de interpretação visual que usamos na nossa vida e isto pode não ser partilhado nas outras culturas. Os signos visuais são baseados em códigos, tal como a