semiologia
DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTERNA
FACULDADE DE MEDICINA
FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE PORTO ALEGRE
MANUAL DE SEMIOLOGIA
Editores: Prof. Francisco Veríssimo Veronese
Prof. Nilton Brandão da Silva
Prof. Waldo Leite Dias de Mattos
Prof. Cassiano Teixeira
Profª. Ana Cláudia Tonelli de Oliveira
2004
DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTERNA
FACULDADE DE MEDICINA
FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE PORTO ALEGRE
EXAME CLÍNICO DO APARELHO
CARDIOVASCULAR
Autores: Prof. Nilton Brandão da Silva
Acad. Eduardo Zaniol Migon
Acad. Frederico Krieger Martins
2004
1. SOPROS CARDÍACOS
Prof. Nilton Brandão da Silva
Acad. Eduardo Zaniol Migon
1. Introdução
A ausculta cardíaca é um ato semiológico que permanece fundamental no exame clínico do paciente. Quando bem treinada e aplicada com atenção pode ser suficiente para estabelecer o diagnóstico e a intensidade/gravidade de uma lesão cardíaca ou vascular, podendo, muitas vezes, dispensar o uso de tecnologia e exames dispendiosos como a ecocardiografia.
A simples presença de um sopro, entretanto, não estabelece a presença de cardiopatia, como ocorre nos casos de sopros inocentes, ou quando causados por estados hipercinéticos (febre, gravidez, exercícios físicos) ou por uma condição funcional como na anemia.
Qualquer médico pode estar capacitado a julgar a importância de um sopro ou a necessidade de investigação complementar, desde que use a metodologia semiológica adequada, como a identificação das suas características : fase do ciclo cardíaco, localização, irradiação, intensidade, timbre/tonalidade e de manobras semiológicas especiais para acentuar ou reduzir a intensidade do sopro.
Na tabela 1, seguem-se alguns valores de sensibilidade, de especificidade e das razões de probabilidade positiva e negativa para situações especificas do exame cardiológico.
Tabela 1. Propriedades diagnósticas do exame cardiológico em situações específicas
Achado
Se (%)
Esp