Seminário sobre modernismo, pós-modernismo e vapor
Apresentação do texto de T. J. Clark
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The Influence Machine (2000), de Tony Oursler , serve como ponto de partida para uma análise de T.J. Clark sobre o modernismo. Neste primeiro trecho do texto o autor concentra-se num dos elementos da instalação de Oursler, o vapor, para desenvolver algumas inquietações sobre a arte dos últimos 150 anos, mais precisamente sobre o modernismo.
“Logo que vi a fotografia de A Máquina-Influência e comecei a pensar sobre o modo como falava à nossa atual utopia da informação, não pude deixar de perceber paralelos entre ela e a arte dos últimos 150 anos”.
Clark desenvolve algumas maneiras de como é possível interpretar a presença do vapor em outros trabalhos no período citado. Outros artistas são mencionados, como : Robert Morris, Willian Turner, Giorgio de Chirico, e especialmente Édouard Manet, e seu trabalho Estrada de Ferro, 1873.
Algumas palavras relacionadas ao vapor: abstração, esvaziamento, dispersão, evanescência, poder, mecanização, aparência.
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Em seguida, após a apresentação do vapor como elemento catalisador de sua análise, o autor lança uma série de questões, sendo que a principal delas trata da relação entre o modernismo e o pós-modernismo, a partir de uma revisão sobre o que foi o modernismo.
“Dessa maneira a questão principal deste ensaio é repensar o que foi o modernismo”.
“Talvez apenas acrescentar um pós- diante do modernismo seja inadequado, mas por que não concordar que a modernidade foi reconfigurada nos últimos trinta ou quarenta anos”?
Clark faz menção a uma frase de Karl Marx, e de certa forma profética em relação ao final do texto, sugere de que forma a arte deve se postar frente o contexto que a envolve.
“Se o que queremos é saber se a arte de nossos dias ainda seria capaz de ensinar formas petrificadas a dançar cantando-lhes sua própria canção, certamente precisamos ter ideias a respeito do que está de fato petrificado e em processo de petrificação