Semin Rio Filosofia Do Direito
A teoria de Kant apresenta um comportamento metódico, que será adiante mais exposto, e além do mais, “sua conduta metodológica traz como resultado uma assunção eclética” – ou seja, “a questão por um aspecto não permanece mais apenas no campo isolacionista como pretendiam os racionalistas de um lado e os empiristas do outro”.
A Teoria do Conhecimento de Kant é uma “assunção, uma associação e uma organização” das teorias racionalistas e empiristas, “onde é possível se reconhecer o papel desempenhado por ambas as concepções que se debateram por um longo período anterior”. “Kant é, portanto, uma superação dos exclusivismos anteriores, atingindo um estágio que podemos denominar de juízo amadurecido”.
A Teoria do Conhecimento de Kant é também chamada de “criticismo kantiano”. ‘O criticismo é uma tendência filosófica que busca as condições de validade e os verdadeiros limites e extensão do conhecimento humano’. O criticismo kantiano, por sua vez, ‘procura as condições para o uso correto e justo da razão pura’.
Como resultado de aguçada reflexão sobre a temática, resultou em seu principal livro, a Crítica da Razão Pura (“aliás, sobre esta obra, podemos afirmar que foi a tentativa mais completa no sentido de abranger os aspectos teóricos objetivos fundamentais de uma Teoria do Conhecimento, constituindo não propriamente uma ciência, mas um método que traça todo o seu contorno”).
É bom relembrar que “no foco em que o filósofo faz sobre os elementos essenciais do conhecimento (sujeito e objeto), resulta na compreensão de duas entidades fundamentais: de um lado a ideia de fenômeno, e de outro a ideia da coisa em si (ou o noumenon), para distinguir aquilo que aparece e se manifesta daquilo que existe em si mesmo”. “O primeiro constitui aquilo que é passível de ser conhecido, aquilo que se manifesta,