SEMIN RIO CELSO FURTADO
Segundo Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, o livro Formação Econômica do Brasil traz uma perspectiva teórica mais voltada às Ciências Sociais, com o emprego de um processo lógico histórico de construção do objeto. Em seu livro, Celso Furtado utiliza o método de João Manuel Cardoso de Melo, o chamado "estudo da dinâmica das estruturas" utilizando do processo de industrialização da economia brasileira. Além do mais, Furtado estabelece uma ligação entre as relações sociais de produção, o estágio das forças produtivas e as formas de política que juntos determinam uma etapa histórica.
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo inicia com uma reflexão de Fernando Novais sobre a colonização europeia e adentra a afirmação do erro de Adam Smith incorrendo ao vício de economistas que reduzem o mercantilismo e a confusão entre riqueza e acumulação de ouro e prata através da política de comércio exterior.
O "artificialismo" na política prevalece na etapa mercantil do capitalismo, o que quer dizer que o estado deveria manter este sistema. Para que o sistema se sustentasse se faz necessário manter o tráfico e a escravidão no Brasil colônia e buscar maneiras de expandir o mercado nacional e a criação de mão de obra na metrópole.
Furtado faz uma comparação da empresa colonial espanhola com os efeitos do "mal holandês". No trecho, afirma que a exploração mineira praticada pela colônia espanhola determinou a decadência da economia, assim como o "mal holandês" foi uma acumulação de riquezas mmonetária estéril. A prosperidade portuguesa vem desses fracassos. Furtado no decorrer do livro reconhece o que aconteceu no século XII na America de maior importância para o Brasil foi o surgimento da economia de produtos tropicais. E que após isso a Revolução Industrial finalizou o sistema colonial, o Brasil teve contato com a Revolução em plena a crise da economia da mineração, e que havia uma queda e redução do fluxo de renda. A tentativa de abertura dos portos veio junto a decadência