SEMELHANÇAS E PARTICULARIDADES ENTRE “CAMÕES, BOCAGE E ANTERO DE QUENTAL”
Fernanda Lupo Rodrigues Silva
Resumo
Neste texto abordaremos algumas das particularidades e semelhanças dos três poetas portugueses, Camões, Bocage e Antero de Quental, no contexto literário português. Ao que tudo indica, o soneto foi criado na Sicília, onde era cantado na corte de Frederico II da mesma forma que as tradicionais baladas provençais. Na primeira metade do século XIII, porém, Giacomo da Lentino inventou o soneto como espécie de canção ou de letra escrita para música. Camões, Bocage e Antero cultivaram o soneto como principal expressão poética.
Palavras-Chave: Literatura portuguesa, principais sonetistas, poesia, semelhanças.
Luis Vaz de Camões- Classicismo
Em Luís de Camões, a tradição do lirismo peninsular coexistiu com a estética clássica renascentista e o maneirismo que marcaram o seu tempo. Juntamente com a poesia de sabor trovadoresco, surge uma poesia cujos modelos formais e temática ("medida nova") revelam a cultura humanística e clássica do autor, que soube encontrar em Platão, Petrarca ou Dante um mentor ou um mestre para o caminho que trilhou e explorou com sabedoria, com entusiasmo e com a paixão do seu temperamento. Cantando o amor sublime ou a relação mais fútil, o poeta soube, como poucos, definir-se e definir a alma humana, oferecendo-nos a sua experiência de vida ou o mundo no seu desconcerto, com os seus problemas sociais e morais e a eterna questão do mal que aflige a Humanidade.
Os temas da sua lírica são vastos e variados, indo da análise da sua vida interior à caracterização da realidade do seu tempo ou a buscado dimensionamento do homem universal. Na poesia com influência clássica e renascentista, fruto das novas ideias trazidas, de Itália, por Sá de Miranda e António Ferreira, verifica-se um alargamento dos temas e a colocação do ser humano no centro de todas as preocupações. Desta fase, merece destaque o tratamento de certos temas: o