Semana de Arte Moderna e 1ª Geração do Modernismo
Semana de Arte Moderna: três noites que fizeram história
1922: Centenário da Independência do Brasil;
Um grupo formado por Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia, Di Cavalcanti e Mário de Andrade, organizou uma série de conferênciasm exposições e concertos para divulgar as novas posturas estéticas que eles já haviam discutido havia anos.
Os barões do café pagaram a conta da aventura modernista.
O entusiasmado apoio de Graça Aranha deu maior credibilidade à iniciativa.
Sérgio Buarque de Holanda, Heitor Villa-Lobos, Manuel Bandeira (que não compareceu, mas enviou um poema) foram apenas alguns dos nomes que tomaram parte na Semana de Arte Moderna.
Vaias, relinchos e miados: O espanto do público
13 de fevereiro: elite paulistana compareceu em peso ao Teatro Municipal para assistir à conferência de abertura, feita por Graça Aranha.
A confusão aconteceu na segunda noite. Menotti del Picchia, reagindo à reprovação da plateiam afirmou que os conservadores provavelmente desejavam enforcá-los “um a um, nos finos assobios das vaias”.
Quando Ronald de Carvalho leu o poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira a agitação virou confusão.
No poema, Bandeira critica severamente a estética parnasiana e, à medida que os versos foram sendo lidos, a plateia os acompanhou com apupos e assobios.
O terceiro dia foi marcado pelo incidente com Villa-Lobos. Atormentado por um calo, o músico não conseguiu calçar sapatos que combinassem com a roupa de gala que usava e apresentou-se de casaca e chinelos. Atribuindo o gesto a uma excentricidade “futurista”, boa parte dos presentes sentiu-se ofendida pela atitude do maestro.
Ainda em 1922, Mário de Andrade publicou o seu volume de poemas, Pauliceia Desvairada. Em 1923, foi a vez de Oswald de Andrade, com o romance Memórias sentimentais de João Miramar. Manuel Bandeira, em 1924, apresentou o Ritmo Dissoluto. Aos poucos surgiram as obras que tornavam irreversíveis as