semana da arte moderna
Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
Desta semana tomam parte pintores, escultores, literatos, arquitetos e intelectuais. Durante três dias - entre 13 e 17 de fevereiro - o Teatro Municipal de São Paulo foi tomado por sessões literárias e musicais no auditório, além da exposição de artes plásticas no saguão, com obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Vicente do Rego Monteiro entre outros.
As manifestações causaram impacto e foram muito mal recebidas pela plateia formada pela elite paulista, o que na verdade contribuiria para abrir o debate e a difusão das novas ideias em âmbito nacional.
Foi a explosão de ideias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX.
Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela plateia através de muitas vaias e gritos.
Nesse clima de euforia, imbuídos no propósito de operar mudanças, sobretudo influenciados pelos movimentos vanguardistas, é que os artistas expressaram seus posicionamentos ideológicos por meio de suas criações, seja na pintura, música, escultura, literatura, entre outras formas de arte.
Tarsila
Filha de fazendeiro rico, no auge da aristocracia rural paulista, Tarsila do Amaral, seguindo os costumes da época, recebeu uma educação reservada à classe alta - professores em casa, na infância, passada no meio rural, depois em escolas de freiras na Espanha, onde recebeu como parte da educação feminina aulas de