Sem sabor de despedida
Passavam poucos minutos da meia-noite de segunda-feira quando os senhores do Iron Maiden subiram ao Palco Mundo para dar fim a mais um Rock in Rio. Ninguém melhor do que eles para a missão de encerrar o festival. Não decepcionaram.
Não tem erro com a banda britânica, que também esteve na primeira edição do evento, em 1985, e em 2001. Dá aos fãs exatamente o que os fãs esperam dela: heavy metal de alta qualidade e uma performance tecnicamente perfeita.
O show começou com Moonchild (música que também abre o álbum Seventh Son of a Seventh Son, lançado há 25 anos, que baseia a atual turnê do grupo). Na sequência, Can I play With Madness e The Prisoner. Estava entregue o cartão de visita do Iron.
— Grite para mim, Brasil — pediu o vocalista Bruce Dickinson. Foi atendido prontamente por milhares de vozes.
Os ingleses mantiveram a pegada de sempre até o final. Como de praxe, Bruce Dickinson corria de um lado para o outro e interagia sem parar com o público. Os outros cinco integrantes não estavam menos animados. E a caveira Eddie, mascote oficial da banda, também estava presente com suas muitas facetas.
As duas horas de show parecem pouco para abrigar quase 40 anos de carreira. Ainda assim, não faltou tempo para as clássicas The Number of the Beast, The Trooper, Fear of the Dark ( com um coro fantástico) e Aces High. Esses e outros sucessos eram tocados sem piedade pelo sexteto.
Pouco depois das 2h, com a música Running Free — e sob os gritos eufóricos de uma multidão —, o Iron Maiden se despediu dos fãs e o Rio de Janeiro deu adeus a mais um Rock in Rio.
As centenas de fãs que lotaram a Cidade do Rock saíram extasiados e com a certeza que essa foi uma das melhores apresentações da banda no Brasil, deixando, é claro, um gostinho de quero mais.