Rubem Braga Artigo
Larissa Estequi**
RESUMO
Símbolo de inovação literária, Rubem Braga marcou sua geração e todas que vieram após. Suas obras, chamadas de “crônicas poéticas”, exalam vida e arte, assim como a própria essência do escritor.
Braga escreveu em vários contextos. Foi correspondente junto à F.E.B (Força Expedicionária Brasileira) durante a II Guerra Mundial, em 1944. Mesmo em meio a tragédia, sempre escreveu seus relatos de maneira poética, abrandando as situações.
O Velho Braga, como se descrevia, se formou em Direito, porém, achou mais graça em escrever. Teve mais de 20 livros publicados e ao todo, 15 mil crônicas escritas.
Palavras-chave: Rubem – Braga – Crônica – Poética
1. INTRODUÇÃO
“É um pouco aflitivo pensar nisso, e imaginar que, acima dos gestos e das palavras, o sentimento talvez valha alguma coisa; e que a ternura e o bem-querer devem ter um instinto certo e tocar naquelas zonas indefiníveis da alma em que nem os analistas conseguem explicar nada. Ora, pois; mesmo às cegas, burramente, amemos!" [BRAGA, Rubem.]
Rubem Braga, grande escritor brasileiro, marcou a crônica nacional com sua maneira de tornar acontecimentos cotidianos em textos que beiram o lirismo com uma enorme sinceridade. A crônica do cachoeirense além de sua face poética, também possui a simplicidade da linguagem coloquial, o que acabou atraindo as pessoas que liam suas publicações diárias no jornal.
Se por um lado às noticias dos jornais tem de ser objetivas, impessoais e frias, a crônica entra nesse ambiente para contrapor, expondo esse mundo frio à luz do dia e aos sentimentos e expectativas do ser humano que assiste ao que acontece neste caso o cronista. E é assim que em 1967, Rubem Braga vem dialogar com o que vê através de seu livro “A Traição das elegantes”, uma época de intensos sentimentos e grandes receios, uma época de ditadura.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 BIOGRAFIA “Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e