Conceito de seleção natural. Para existir em um dado ambiente, uma espécie deve estar adaptada àquele ambiente, isto é, todos os indivíduos daquela espécie devem ter características que os habilitam a sobreviver e reproduzir naquele ambiente. Obviamente, se uma espécie existe é porque está adaptada ao ambiente. No entanto, nem todos os indivíduos de uma espécie sobrevivem e se reproduzem na mesma proporção. A teoria da seleção natural admite que as características hereditárias que aumentam a capacidade de adaptação dos indivíduos ao ambiente em que vivem se multiplicam e tendem a difundir na população de geração em geração até que todos os indivíduos tenham estas características, enquanto as características que prejudicam a adaptação tendem a desaparecer da população. Este processo se dá em duas etapas: na fase jovem e na fase adulta. Na fase jovem a seleção se dá através da sobrevivência diferencial. Uma vez que os recursos naturais são insuficientes para permitir a sobrevivência de todos os que nascem, somente aqueles indivíduos que herdam genes que lhes conferem maior probabilidade desobrevivência conseguem atingir o estado adulto. Na fase adulta, a seleção se dá através da fecundidade diferencial. Aqueles que deixam mais filhos passam seus genes a um maior número de descendentes. Alguns indivíduos levam vantagem sobre outros em algumas delas e desvantagens em outras. Por exemplo, um determinado genótipo pode conferir maior fecundidade, mas menor probabilidade de Sobrevivência. Vemos assim que a seleção natural nada mais é do que o aumento na freqüência de algumas características e redução de outras como conseqüência de serem codificadas por genótipos com diferentes capacidades de sobrevivência e/ou reprodução. Se todos os membros da espécie tivessem a mesma chance de sobreviver e reproduzir não haveria seleção natural. Convém salientar aqui que nem toda alteração na freqüência das características é seleção natural, porque a mutação, a migração, o desequilíbrio