Seja um líder completo
Seja um líder completo
Mais do que um gestor de pessoas, as empresas querem alguém que dê resultados, conheça bastante o cliente e o mercado, fale a língua do acionista - e ainda esteja de bem com a vida
Por Daniela Diniz / Fotos Raul Junior
No início era o dom. Era ele que determinava quem seria líder no mundo corporativo. Ou você nascia com as características de liderança (ambição, honestidade, integridade, autoconfiança e desejo de influenciar e liderar pessoas) ou iria passar a vida sendo liderado. Depois vieram os resultados, e aí o novo líder precisava ser bom de gente e de números. Isso valeu até que o primeiro líder fracassasse numa situação de caos. Foi então que um novo elemento surgiu: o cenário. Além de ser bom com pessoas e trazer resultado, o líder precisava dominar os inúmeros cenários de incerteza do mundo empresarial. Chegamos ao final, certo? Errado. As empresas querem mais. O mercado está em busca de profissionais que sejam muito mais do que líderes de equipes. A s organizações querem alguém que articule e envolva pessoas, sim. Mas não se trata apenas de subordinados. Elas estão à procura de gente que consiga influenciar chefes, pares e colegas de outras áreas. E que saiba exatamente por que está fazendo isso. O líder agora vai além da gestão de pessoas para ser efetivo na entrega de resultados, na construção de uma relação com os clientes e com o mercado. Deve falar a língua do acionista e, principalmente, ser líder de si mesmo. Isso significa ter um plano de carreira consistente e coerente com os próprios valores e, claro, encontrar muito prazer no que faz. Esse é o perfil do líder completo. "O conceito de liderança evoluiu", diz José Valério Macucci, professor do Ibmec São Paulo e consultor de liderança em empresas como Gerdau. "Não se trata mais de fazer curso de gerenciamento de equipes. É preciso ir além."Valério, ex-diretor de desenvolvimento de pessoas do Itaú, diz que o líder hoje, para ser completo,