SEGURANÇA NO TRABALHO
Não há duvida de que o uso do EPI é obrigatório e necessário. Todo trabalhador que exerce atividade com um grau de risco sabe que deve usar o equipamento. Todo empregador tem (ou deveria ter) consciência dos riscos que poderá sofrer caso não disponibilize o equipamento necessário e dentro das normas para os seus empregados.
Então se existe lei regulamentando, se existe sanção (tanto para o empregado quanto para o empregador) para o seu não uso, ou para equipamento fora de especificação, se a utilização desses equipamentos pode evitar graves lesões até mesmo a morte do empregado, porque quando se faz pesquisa constata-se que o percentual de uso dos EPI’s é tão baixo? O que contribui para índices tão elevados?
Acredito que não exista uma só resposta, mas um conjunto de fatores que possa levar a esse descaso com a segurança, como:
• - A falsa impressão de que nunca ira acontecer o pior. Algumas pessoas acham que acidentes só acontecem com os outros, e que a experiência que possuem na atividade que estão desempenhando é suficiente para evitar acidentes;
• A falta de fiscalização. Como existe um déficit muito grande no numero de fiscais, o empregado acaba jogando com a sorte. E acreditam que só serão punidos caso o empregado sofra acidente e resolva ir para a justiça. Dependendo da gravidade do acidente, alguns empregadores tentam resolver, minimizando o problema, a fim de evitar que o empregado o denuncie;
• Fator cultural, o brasileiro não se preocupa com a segurança. Alguns empregados, por falta do habito, acham que o EPI atrapalha o andamento do serviço e por isso não utilizam.
Mas, o que é preciso fazer? Se existe aplicação da lei, veja, por exemplo, o entendimento da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça “Se empresa não fornece equipamento de segurança para o funcionário, deve arcar com indenização caso ele sofra acidente de trabalho”. Existe índices, infelizmente, alarmantes em relação ao não uso. O Brasil é quarto em