segurança do trabalho
Os primeiros indícios de ações prevencionistas remontam da Europa do século passado, mais especificamente da Inglaterra, após o nascimento da revolução industrial. As profundas alterações tecnológicas provocadas pela revolução industrial, que iniciou em 1760, lançada com o aparecimento da primeira máquina de tear e marcada pela invenção da máquina a vapor (em 1781) por James Watts, deram início aos grandes processos de industrialização, que prosseguiram até nossos dias, substituindo o trabalho humano pela máquina. Essa revolução técnica surgiu no país que era, na época, o principal país do mundo e líder do progresso material, a Inglaterra.
A existência de duas novas classes sociais caracterizou as sociedades pós-revolução industrial: a classe dos patrões (empregadores) e a classe dos trabalhadores, que se enfrentavam direta e individualmente, não existindo qualquer organização, por parte dos trabalhadores, para proteger os seus interesses. Portanto, as massas trabalhadoras foram impiedosamente exploradas durante o início da revolução industrial, pagando o custo social desta mudança.
Foram necessárias gerações para que estes homens começassem a se organizar. Porém, em meados do século XIX, quase meio século após o início da revolução industrial, ainda na Inglaterra, a preocupação com a prevenção de acidentes do trabalho e de outros fatores de risco, que eram freqüentes no ambiente das primeiras fábricas, gerou a união de trabalhadores e homens públicos para a concretização das bases da política prevencionista. Através das campanhas de melhoramento social, que surgiram com as leis de segurança social, foram introduzidos o trabalho sistemático e a legislação fabril. Karl Marx, apud STERNBERG53, afirma, em seu livro Das Kapital, que "essa legislação foi a primeira tentativa deliberada e sistemática, por parte da sociedade, para controlar o movimento básico de seu próprio