Segurança do trabalho
Todas às vezes em que olho para o espelho vejo um assassino”.
Não seria possível distingui-lo entre as pessoas que estiveram presentes, nada que pudesse caracterizar suas atitudes. Ele tem um cérebro privilegiado, extremamente sagaz e, sobretudo calculista. Tem mente fotográfica e memória insólita, o que o diferencia das demais pessoas do seu meio social. Infelizmente utiliza sua intelecção para o mal. Todo seu poder cerebral está concentrado categoricamente em prol de seus desígnios.
A mente do psicopata trabalha muito e de maneira matemática.
Como no jogo de xadrez, está sempre calculando e discernindo qual a melhor jogada a fazer. Dificilmente seus objetivos se transformam em equívocos. Perfeccionista, se auto flagela quando algo sai da forma inesperada. Jamais sente remorso ou sentimento de culpa. Enfim, inúmeras características que o diferenciam das pessoas normais mas que são habilmente dissimuladas e camufladas.
CAPÍTULO 1
Henry Parker estava sentado na poltrona de seu apartamento em Londres quando o telefone tocou com estrépito no criado mudo perto da janela.
_ Alô, Parker?
_ Sim?
_ Quanto tempo, meu caro? Não se lembra dessa voz que atravessa esses cabos telefônicos?
_ Hurley? Meu velho amigo! Mas que honra! Foram anos fora da Inglaterra que pensava que você nunca mais voltaria.
_ As coisas mudam o tempo passa e vicissitudes acontecem ,meu amigo. A vida na Ásia me ensinou muitas coisas, mas nada como nosso chão. Ainda tenho amigos no velho mundo que há tempos não vejo, por isso o motivo de minha pieguice.
_ Não seja tolo, meu amigo. Precisamos colocar nossa conversa em dia. Sabe meu endereço, não é? Então venha na sexta para comermos aquela macarronada suculenta que só eu sei fazer.
_ Muito engraçado, Parker. Seu senso de humor continua inabalável. Mas, muito bem, seu velho amigo gostaria muito de vê-lo. Estou em Devon, e na sexta estarei preparado para a“ melhor macarronada do mundo”.
O detetive Parker, jovem