Segurança do trabalho
Para suprir uma vaga do setor de conservação e reparos, um supervisor convidou o funcionário José, do setor de serviços gerais, para trabalhar com ele. José fora admitido com faxineiro há dois anos e três meses. Indagado sobre a transferência, alegou não ter conhecimentos técnicos para a realização das atividades futuras, pois o trabalho do setor se caracterizava por erguer paredes, fazer pinturas, reparos hidráulicos e pequenas instalações elétricas. O supervisor tentou convencê-lo dizendo que o mesmo iria adquirir esses conhecimentos com o tempo, realizando as atividades inerentes ao novo setor e que teria seu salário aumentado. Sendo assim, José aceitou o cargo. Fazia seis meses que José estava na seção. Como estava próximo a festa do “Dia das Mães” e haveria na fábrica uma comemoração da data. José foi incubido de fazer a instalação de um cano no teto do galpão, onde seria realizada uma apresentação teatral. O supervisor lhe ordenou que procurasse tão logo terminasse o trabalho, para que juntos colocassem a cortina. Para furar o cano José se equilibrava em cima de algumas caixas em forma de escada, utilizando uma furadeira elétrica portátil. Ele já havia feito vários furos e a broca estava com o fio gasto; por esta razão, forçava a penetração da mesma. Momentaneamente, a sua atenção foi desviada por algumas faíscas que saiam do cabo da extensão, exatamente onde havia um rompimento que deixava descoberta os fios condutores de eletricidade. Ao desviar a atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a pressão ela quebrou e, neste mesmo instante, José voltou o rosto para ver o que acontecia, sendo atingido por um estilhaço da broca em um dos olhos. Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e caiu. Um acontecimento semelhante ocorrido há um ano atrás nessa mesma empresa, determinava o uso de óculos de segurança na execução desta tarefa.