Segurança contra incendios
Yuri Lima Leite[1]
Edílson Machado de Assis[2]
RESUMO
O artigo discute as dificuldades e necessidades específicas que patrimônios histórico-culturais possuem em relação à segurança contra incêndios, levando em consideração os impactos sociais e econômicos causados por um eventual sinistro que pode proporcionar riscos a vidas humanas e danos irreparáveis a valiosos acervos. É feita uma análise do modo como os projetos devem ser elaborados, levando-se em consideração não apenas as normas regulamentadoras, mas também as condições específicas dos locais. São abordados também alguns aspectos de análise de projetos, fiscalização, legislação e combate em caso de ocorrências. E conclui-se que cada projeto deve ser analisado separadamente, devendo-se avaliar as normas regulamentadoras e as condições específicas de cada construção.
Palavras-Chave: Segurança; Incêndio; Patrimônios histórico-culturais.
INTRODUÇÃO
Quando se aborda o tema segurança contra incêndio, significa que devem ser envolvidos os elementos de prevenção e combate a incêndios. A ocorrência de um incêndio independe de condições políticas, geográficas ou econômicas e pode ter proporções devastadoras causando danos e perdas irrecuperáveis. Ao se pensar em ações a serem tomadas em caso de incêndios, nos preocupamos principalmente com as que visam a proteção da vida dos ocupantes do local. Apesar da proteção da vida dos ocupantes ser indispensável, é necessário proteger também alguns acervos, edifícios ou construções históricas, sendo algumas de valor inestimável para uma cidade, país ou até para a humanidade. Um incêndio que causa graves danos a acervos, edifícios ou construções históricas pode significar um impacto emocional e econômico muito grande para a comunidade. Um incêndio destruindo, por exemplo, casarões no Pelourinho, a Igreja do Bonfim, o Farol da Barra, o Mercado Modelo, é algo