Seg do trabalho
SISTEMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Paulo Cezar Mendes Ramos* APRESENTAÇÃO Desde que o homem conheceu e começou a dominar o FOGO, este recurso passou a ser utilizado com as mais diversas finalidades. Aqui no Brasil, há registros, da época do descobrimentos, de que os primeiros habitantes do nosso território já utilizavam o FOGO para o preparo de alimentos, para facilitar a caça, para o aquecimento e, inclusive, para abertura de áreas para o plantio agrícola. Desde aquela época, passando pelo período da colonização até a era industrial o FOGO tem sido um importante instrumento para o desbravamento e ocupação de terras virgens. Porém, a partir da segunda metade deste século, mais precisamente nos anos 70, quando a expansão da fronteira agrícola tomou rumo às Regiões Centro-Oeste e Norte, é que o FOGO passou a ser mais intensivamente utilizado, principalmente por tratar-se de um instrumento de manejo agrícola barato, acessível e eficaz, para os fins a que se destina. A intensidade, e o uso indiscriminado das queimadas na abertura de novas áreas para agricultura transformou-se em um grave problema ambiental para o país. Também, na medida em que se ampliavam as áreas de pecuária bovina, o emprego do FOGO, para renovação de pastagens, foi sendo incrementado. Da mesma forma, com o crescimento da indústria canavieira, impulsionada pelo Programa Nacional do Álcool, a prática da queima de canaviais tornou-se uma constante. Já no início da década de 90 eram queimadas cerca de 4 milhões de hectares dessa cultura, localizados principalmente, nas Regiões Sudeste e Nordeste. Essas queimadas, aliadas aos incêndios florestais, originados tanto por fenômenos naturais quanto pelo próprio homem, começaram a provocar não só impacto no meio ambiente, como também a destruição de benfeitorias, o desligamento de linhas de transmissão de energia elétrica, o comprometimento do transporte aéreo e rodoviário e, ainda, começaram a