Secc a o de ouro
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Presença da secção de ouro nos painéis de Almada Negreiros na Gare Marítima de Alcântara, no painel de entrada da fundação Calouste Gulbenkian e nos azulejos de Lima de Freitas na estação do metro do Rossio
A procura da perfeição estética é dos temas que até hoje mais são valorizados pela humanidade, pela mesma razão o homem criou o cânone para a escultura que se manteve desde sempre, sofrendo alterações consoante a época.
A proporcionalidade e relação de partes tão equilibrada são dos aspetos fundamentais que tanto são procurados.
A secção de ouro, número de ouro ou secção áurea está presente na natureza numa infinidade de elementos.
Foi utilizada na arquitetura ao longo dos séculos, como nas pirâmides de Gizé, em que a razão entre a altura de uma face e metade do lado da base da pirâmide é igual ao número de ouro, que tem o valor de 1,618. O retângulo de ouro é então construído utilizando a secção da sucessão de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...). Unindo quartos de círculos em cada quadrado obtemos então a espiral de Fibonacci.
Podemos encontrar a sua presença também nas obras de Leonardo Da Vinci, Le Courbousier e tantos outros.
Almada Negreiros protagonizou um dos períodos mais importantes do modernismo português, tanto nas artes plásticas como na escrita. Na sua obra, “Começar” (1968-1969) exposta a entrada da Fundação Calouste Gulbenkian, numa primeira observação damos conta de um conjunto de traçados geométricos, entre linhas e arcos, que parecem quase aleatórios mas quando observados atentamente damo-nos conta de uma harmonia da composição estética. Estando a obra dividida em varias partes, numa primeira observamos o número de ouro representado pelo pentagrama estrelado, inscrito numa circunferência. Já nos painéis presentes na Gare Marítima de Alcântara, onde apresenta temas da cidade de Lisboa do seu tempo, que serviam de boas vindas para quem chegava à cidade, vindo de fora. Os paneis demonstram