Sebastião de Magalhães Lima
Sebastião de Magalhães Lima, natural do Rio de Janeiro, nasceu em 1850, viajando para Portugal (região de Aveiro), quatro anos depois, com a família.
Estudou em Lisboa e no Porto, antes de entrar em Coimbra, em Direito, onde se licenciou em 1875. Entusiasmado com as novas correntes, das décadas de 1860 e 1870, destacou-se nas aulas Proudhonianas e positivistas. Após uma efémera experiência como advogado, opta pelo jornalismo que servirá de propaganda à ideia que defendia: uma República Federal Socialista. Em 1880 funda, com João de Almeida Pinto, o jornal, o Século, assumindo a direção política do periódico até 1896, sendo, ao mesmo tempo, colaborador em outros órgãos de imprensa nacionais. Magalhães Lima teve ainda algumas incursões pela literatura, ainda que pouco conseguidas, onde tratava de temas como o pacifismo, liberalismo ou feminismo.
Dado o ano de 1910, Magalhães Lima, insaciável defensor da implantação de uma República, através de uma retórica brilhante, foi membro do Diretório do Partido Republicano sendo, mais tarde, deputado da Assembleia Constituinte e, por conseguinte, senador da República. Em 1915, assumiu a pasta da Instrução, ainda que efemeramente.
Em 1874, com o nome de João Huss, estreou-se na Maçonaria, sendo eleito Presidente do Conselho da Ordem (1906), e Grão-Mestre do Grande Oriente Unido (1907) com o objetivo da laicização do Ensino, denúncia da ofensiva jesuítica e obrigatoriedade do registo civil, combatendo juntamente com os movimentos de oposição ao regime monárquico.
Enquanto Republicano e Grão-Mestre, apoiou a participação de Portugal na Primeira Grande Guerra, pois acreditava que a paz duradoura aconselhava a participação portuguesa no conflito.
Sebastião de Magalhães Lima foi acusado de estar diretamente envolvido no assassínio do Presidente da República Sidónio Pais, já que a Maçonaria, da qual fazia parte, encontrava-se em forte “missão” repressiva.
No final da sua vida mostrava-se, um