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tualmente fala-se muito em cidadania, na maioria das vezes ligada a direitos e garantias individuais. O discurso é sempre bonito, fundamentado em princípios seculares. Mas e depois do discurso?

Cidadania se constrói, num primeiro momento, reconhecendo-se as diferenças, e em seguida, misturando-se essas diferenças de forma proveitosa para todos. Sem, contudo, querer fazer do conglomerado social uma massa homogênea, mas sim, um todo coeso mantendo-se a individualidade e cada um, com suas idiossincrasias, contribuindo para o bem estar geral.

Faz-se necessário, porém, em todo ajuntamento social, que se encontre uma linha de conduta comum para que a interação, em prol do bem de todos, seja possível, sem prejuízo dos direitos nem o esquecimento dos deveres e do respeito ao indivíduo.

Infelizmente, para a convivência em grupo, ainda não se pode abrir mão do estabelecimento de padrões de comportamento e de limites. As Leis existem, mas, parece que as pessoas não rezam mais por esta cartilha. Observa-se a queda da autoridade politica e religiosa há algum tempo.

Volta-se à Idade da Pedra: presa e predador; à lei do mais forte, às armas, à apropriação indevida de bens e privação da liberdade e da vida do outro por parte do predador, à violência pura. Intrigante é que desta vez predador e presa são da mesma espécie.

Civilidade, cordialidade, respeito à dignidade humana, temor à lei, dos homens e de Deus. Em que momento da História ficou tudo isso!

Será possível se falar de cidadania enquanto o individuo é desrespeitado no seu mais elementar direito: o direito a

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