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Tive medo de amar, de sucumbir meu eu pois dizem que amar é se doar
Me doei,
Me mudei
Percebi um novo mundo
Onde nem tudo é reciproco,
Mas isso poderia ser bom,
E então, me doei mais
E recebi mais.
O amor me pareceu uma guerra uma guerra diferente,
Ou todos perdem ou todos vencem.
Estive só,
Em uma luta que não pertencia mais a mim, somente a mim.
Mas lutei, sozinho
E eu perdi.
Tive medo da solidão, de construir meu eu
MEU eu pois dizem que a solidão doi
E doeu
Mesmo assim construí, Desapeguei
Mas lembrei chorei, Tentei,
Voltei
cantei
Sorri, vivi
Sucumbi
reconstruí
Cresci
Amei.
Por fim,
Aprendi.
O Amor destroi, para construir
R.M.B - 23/12/2013
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NATALIZANTES
Tenho a sensação de casa cheia
Cheia,
Como antes...
Ainda tenho a sensação,
Da água na cara
Das pistolas d'água
Da casa molhada
Os parentes chegavam,
Meu avô levantava
A careca lustrada
Ah, Que saudades
Meu velho, meu mestre.
Dos mais velhos aos caçulas
Dele, nada se esquece.
Nós éramos gigantes porém, não tão grandes
O suficiente.
A família cresce
Numa conta louca
Que subtrai e se esquece
Quanto mais chegavam,
Menos ficavam.
Hoje,
Tudo é longe,
É distante
Mas já foi perto
Já foi cheia,
Cheia,
Como antes.
24/12/2013
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Nada é temor, apenas dor.
Nada temo pois nada tenho se ainda houvesse,
talvez um amor ameno que fizesse sentir meu corpo quente, rompendo o sereno.
Pra outra cidade eu nadaria, a poça mais funda, pularia.
Desmentiria lacan e sua profecia.
Pois se esse amor houvesse,
O universo eu teria.
Mas o querer é meu veneno
Em doses homeopáticas de patógeno
A morte lenta eu vou sedendo
25/12/2013