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Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Desenvolveu através dos anos uma grande amizade e forte ligação com seu irmão mais novo, Theo. A vasta correspondência entre Theo e Vincent foi preservada e publicada em 1914, trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através destas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.
Aos 16 anos, por recomendação de seu tio Vincent (ou Cent), começou a trabalhar para um comerciante de arte estabelecido na Haia, na empresa Goupil & Cie. Quatro anos depois foi transferido para Londres, e depois para Paris.[1]
No entanto, Vincent estava cada vez mais interessado em assuntos religiosos, e acabou sendo demitido da galeria. Ele então decidiu retornar à Inglaterrapara fazer um trabalho sem remuneração. Durante o Natal, Van Gogh retornou para casa e começou a trabalhar numa livraria. Ele ficou seis meses no novo emprego, onde gastava a maior parte de seu tempo traduzindo a Bíblia.
Em 1877 sua família mandou-o para Amsterdã, onde morou com seu tio Jan. Vincent preparou-se para os exames de admissão da Universidade de Teologia com seu tio Johannes Stricker (teólogo), mas