Schistosoma mansoni
Eliana Maria Zanotti ** Luiz Augusto Magalhães** Aquiles Eugenico Piedrabuena **
ZANOTTI, E. M. et al. Morfologia e desenvolvimento de Schistosoma mansoni Sambon, 1907 em infecções unissexuais experimentalmente produzidas no camundongo. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 16:114-9, 1982.
RESUMO: Estudou-se o desenvolvimento de Schistosoma mansoni em infecções unissexuais no camundongo. Os esquistossomos fêmeos apresentaram-se menos desenvolvidos do que os machos. Houve correlação entre o comprimento dos machos e o número de testículos. Verificou-se que o isolamento sexual é prejudicial aos dois sexos, principalmente à fêmea. UNITERMOS: Schistosoma rnansoni. Esquistossomose mansônica.
INTRODUÇÃO
Com relação ao desenvolvimento de Schistosoma mansoni Sambon 8 , 1907 no hospedeiro definitivo, Sagawa e col.7 (1928) estabeleceram que o acasalamento concorre para o desenvolvimento de esquistossomos dos dois sexos, mas que a associação macho-fêmea concorre mais ainda para a maturação da fêmea. Observações de Maldonado e Herrera 3 (1949), Paraense e Santos 5 (1949) e Paraense 4 (1949) sobre o precário desenvolvimento das estruturas somáticas e germinativas das fêmeas de S. mansoni, em infecções unissexuais, confirmaram os dados obtidos por Sagawa e col.7 e Severinghaus 9 (1928) para Schistosoma japonicum. Sobre o desenvolvimento de S. mansoni, Shaw 10 (1977) assinalou, após estudos "in
vitro", que as fêmeas só se desenvolvem plenamente após contato íntimo com o canal ginecófaro dos machos, sugerindo de acordo com Severinghaus 9 e Sagawa e col.7, uma estimulação hormonal por parte dos machos. Casos de hermafroditismo secundário do macho, em infecções unissexuais, foram descritos por Vogel13 (1947), Short 11 (1948), Paraense 4 (1949) e Ruiz e Coelho6 (1952). Em infecções unissexuais por machos, estes se apresentaram plenamente