Schincariol

SchincAriOl

APOSTA na ousadia

A SCHINCARIol CRESCE INvESTINDo Em “lAgoAS AzuIS” No oCEANo vERmElHo DA INDúSTRIA NACIoNAl DE BEBIDAS E oCuPANDo-AS Com um mARkETINg AgRESSIvo quE INCluI o vElHo E Bom RElACIoNAmENTo –à moDA FAmIlIAR E INTERIoRANA conta do mercado do Nordeste, onde instalou várias fábricas. Foi o que ela fez ao se dirigir aos brasileiros “novidadeiros”, ou “new adopters”, contra os tradicionalistas, com o lançamento da Nova Schin em 2003 e uma campanha que apelou ao desejo de experimentar. Todas essas iniciativas estratégicas são apoiadas por uma comunicação altamente criativa, mas, por trás dela, há também a poderosa ferramenta do relacionamento no bojo de uma cultura familiar e interiorana, que é preservada com esforço, para que o crescimento explosivo não lhe tire as raízes. Em que outra empresa um motorista de caminhão de entregas consegue “perder tempo” cuidando do filho da dona do bar que é sua cliente para esta poder almoçar em paz sem ser pelo menos repreendido? Histórias assim se multiplicam na Schincariol, a companhia com sobrenome, do qual os funcionários e revendedores se orgulham. Fundada em 1939, em Itu, no interior de São Paulo, a empresa viveu um crescimento quase único desde que ingressou no ramo, em 1989, com a Schin pilsen, chegando a “explodir” mesmo a partir de 2003: a vultosa campanha de lançamento da linha

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m 2003, talvez ela ainda fosse mais conhecida por seu refrigerante de tutti frutti Itubaína, mas hoje é a segunda cervejaria do País e, mesmo mantendo-se 100% nacional e familiar, figura entre as 15 maiores do mundo. Esse salto de desempenho, traduzido em uma receita bruta anual superior a R$ 5,1 bilhões (dado de 2009), não seria tão expressivo, contudo, se a Schincariol atuasse em um oceano azul, como os consultores estrangeiros chamam um mercado virgem gerado a partir de um produto inovador, onde não há rivais. Surpreendentemente, no entanto, a indústria de cervejas é um oceano vermelho, daqueles