Saúde e segurança no trabalho
Por Rômulo Assmann
A segurança e a saúde do trabalho nas organizações sempre conviveram com o estigma de serem exercidas apenas como uma obrigação legal. Este fato acarretou principalmente na pouca atenção destinada, principalmente pelos administradores, às ações relativas à prevenção de acidentes e doenças. Os setores prevencionistas eram considerados apenas com mais um centro de custos, e que muitas vezes atrapalhavam as atividades e a produtividade devido a sua intervenção quando verificados riscos nos locais de trabalho.
Entretanto, devido às exigências cada vez maiores do mercado, quanto a aspectos de competitividade como a melhoria nos processos, redução de custos e as exigências da sociedade representadas pela responsabilidade social, este quadro começou a se alterar. Além da atenção com os custos dos acidentes e a melhoria das condições de trabalho visando maior produtividade, as empresas começaram a se preocupar com a sua imagem perante o seu público-alvo, preocupação esta que não combina com condições precárias de trabalho e um número elevado de acidentes.
Devido a este fato, as empresas começaram a buscar maneiras mais eficientes de gerenciamento da segurança e saúde do trabalho. Mas como gerenciar um setor que se apresenta eminentemente técnico, e que muitas vezes está separado das estratégias e processos organizacionais? Para responder esta pergunta, aparecem em cena os sistemas de gestão em segurança e saúde no trabalho, representado principalmente pela norma OHSAS 18001, ferramenta utilizada pelas organizações que procuram o melhor gerenciamento de suas ações prevencionistas.
A OHSAS 18001, cuja sigla significa Ocupacional Health and Safety Assessment Series, entrou em vigor em abril de 1999. Trata-se de uma especificação que tem por objetivo prover às organizações os elementos de um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão. Sua estrutura