“ O sistema de saúde pública no Brasil tem se mostrado incapaz de atender de modo adequado toda a população.Problemas cada vez maiores são causados devido a desvalorização,a falta de investimentos e consequentemente a falta de estruturas físicas e humanas. O brasileiro sofre com uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Em tese, isso lhe garantiria um atendimento de saúde universal e decente. Mas não. Só em sete capitais, mais de 170.000 pessoas terão de esperar até cinco anos por uma cirurgia não emergencial. Nos hospitais e pronto-socorros, mais filas e queixas quanto à qualidade do atendimento. O desafio do futuro presidente é tornar este sistema mais saudável. O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o folêgo dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos. O Brasil está em pleno desenvolvimento econômico,porém o sistema público de saúde parece estar estagnado.Não há como conter os problemas que emperram o desenvolvimento da saúde pública sem que o governo e a iniciativa privada estejam dispostos a garantir maior investimento neste setor. No entanto,não basta ampliar a locação de recursos;é necessário que esses investimentos obedeçam critérios de viabilidade e eficácia,sobretudo,em um segmento primordial à sociedade.A desordem estrutural,a corrupção e até mesmo a incompetência profissional fazem com que os investimentos destinados à saúde pública sejam aplicados de maneira incorreta e ineficaz. A população brasileira sofre a cada dia com a falta de