saúde mental

Saúde mental ou insanidade mental?
A partir dessa dissertação, fiel ilustração de uma faceta da condição humana desde o início do que se entende como civilização, é justa a parada para refletirmos acerca de nós mesmos, que tipo de saúde mental andou cultivando? Será que não tomamos gato por lebre, naquilo que diz respeito ao que entendemos como sanidade? Ou será que sanidade mental não é pura e simplesmente, em nós, um condicionamento imposto por uma sociedade que não vem obtendo muito sucesso em promover a auto realização das pessoas?...
As doenças mentais se definem conforme o grau das perturbações do funcionamento da personalidade. Abrem-se, então, duas grandes categorias: os distúrbios de personalidade como um todo e incluem: perturbações do pensamento, perturbações da afetividade e do humor, alterações da percepção e do senso crítico, da consciência de si, e do mundo e as que se referem às alterações de apenas um setor da personalidade, sem implicar o comprometimento da estrutura do pensamento, do contato afetivo com o meio e da consciência crítica do indivíduo.
Entretanto vale salientar que todas as formas de abordar a saúde mental apresentadas pelo autor não são contraditórias ou antitéticas. Isto pode ser facilmente demonstrado quando abordamos o conceito de normalidade e de anormalidade e observamos que o anormal é uma virtualidade inscrita no próprio processo de constituição do normal e não um fato ou uma entidade autônoma que definiríamos pela identificação de um conjunto de propriedades delimitadas. O anormal é uma relação: ele só existe pela relação com o normal. Normal e anormal são, portanto, termos inseparáveis, um depende do outro para que exista. E é exatamente por esses aspectos que o autor considera tão difícil definir a loucura ou saúde mental em si mesma.
Por fim o autor conclui: É a partir do ideal que consiste na exaltação da razão, que o doente mental acaba se tornando um sinal de contradição nestes meios, de modo que já não será