Saúde mental, desinstitucionalização e novas estratégias de cuidado
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
Munique Andrade Oliveira
TED
Trabalho apresentado como atividade da III Unidade da disciplina de Políticas Públicas em Saúde do curso de Psicologia da Faculdade Metropolitana de Camaçari – FAMEC. Docente: Maria Ivana Amado Chaves Guerra
Camaçari
2014.2
Saúde mental, desinstitucionalização e novas estratégias de cuidado
A história da assistência das pessoas com problemas mentais no Brasil começa com a fundação do primeiro hospital psiquiátrico brasileiro, o hospício fundado pelo Imperador Pedro II. O Hospício Pedro II abriu caminho para o surgimento de muitas outras instituições similares no país. A partir daí, pode-se resumir a política nacional do setor como de mera implantação de hospitais psiquiátricos. Dezenas de colônias agrícolas que passaram a existir em quase todos os estados da federação, onde eram internadas milhares de pessoas com problemas mentais.
O processo de reforma psiquiátrica no Brasil começou no final da década de 1970, no contexto da redemocratização nacional, ou seja, na luta contra a ditadura militar. O ano de 1976, de muitos eventos históricos, servia também de palco para o surgimento de uma forte militância no campo da saúde. No ano de 1978, ocorreram dois eventos importantes e que contaram com a participação do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM): o primeiro foi o V Congresso Brasileiro de Psiquiatria e o segundo foi o I Simpósio Brasileiro de Psicanálise de Grupos e Instituições.
O ano de 1987, foi palco do terceiro fato histórico do processo da reforma psiquiátrica brasileira: a criação na cidade de São Paulo do primeiro serviço de atenção psicossocial do país. Experimentava ações de inserção comunitária e iniciava propostas de atenção intensiva a pacientes com quadros mais graves, que eram atendidos em hospitais e raramente em laboratórios, pois