SERVI O SOCIAL E SA DE MENTAL Aula do dia 04 de maio 1
Incialmente é importante salientar que o fenômeno da loucura, ao longo da história da humanidade, foi caracterizado por diversas formas, sendo elas: castigo dos deuses, experiência trágica da vida, possessão demoníaca ou poderes sobrenaturais. Era considerada uma experiência distinta da vida, ora apreciada, ora combatida, dependendo da sociedade em que se expressava, ou de como se manifestava nos diferentes contextos.
No início da Idade Contemporânea a loucura foi apropriada pelo discurso médico. Assim, o que era visto pela sociedade como anormal passou a ser considerado patológico. Após a Segunda Guerra Mundial passou a existir vários questionamentos ao saber psiquiátrico. Questionava-se se a loucura era determinada por outros fatores além do biológico. A partir de então dá se abertura a outros saberes: psicológicos, sociais, antropológicos, etc...
Passa-se a partir de então a reconhecer a existência de diferentes padrões de comportamento, relacionada a diferentes culturas. Admite-se a complexidade da sociedade moderna. Em consequência disso, ao passo que se reconhece a distinção de padrões culturais (o que é considerado loucura em um grupo pode não ser em outro), questiona-se também a possibilidade das diferenças existirem dentro de um mesmo subgrupo, a depender de diferença de renda, sexo, idade, escolaridade, status, etc. Isso evidencia a ligação entre sociedade e loucura.
Bisneto (2011) assevera que a ordem capitalista globalizada pressiona os trabalhadores e contribui para o agravamento de problemas relacionados à saúde mental, uma vez que a busca incessante e desmedida pelo lucro e a consequente exploração intensiva do trabalho, somados ao modelo de desvalorização do trabalhador e das habilidades operatórias (trabalho especializado) tem feito com que, principalmente a população com idade acima de 40 anos, seja afetada progressivamente. Nesse caso, o que importa é a maximização dos lucros em