saúde humana

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As décadas de 1930 e 1940 foram marcadas pelo surgimento de estruturas sanitárias e campanhas dedicadas ao combate à malária, levadas a cabo tanto pelo governo brasileiro, que criou o Serviço Nacional de Malária em 1941, o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) em 1942, por meio de um convênio com o Instituto de Assuntos Interamericanos (IAIA) do governo norte-americano, como pelos esforços empreendidos pela Fundação Rockefeller no Nordeste na erradicação do mosquito Anopheles gambiae no final da década de 1930, e pela ação dos militares norte-americanos em bases militares na mesma região. Também foram caracterizadas pela introdução de novas técnicas e tecnologias no campo da saúde pública e da malariologia, tais como larvicidas, pesticidas, herbicidas, medicamentos, modelos de organização de campanhas e administração de serviços, e novos conhecimentos sobre a epidemiologia da malária, sobre os mosquitos e sua ecologia, sobre a biologia dos parasitos. Em destaque, o DDT, as campanhas verticalizadas e a cloroquina. Essas mudanças e inovações precedem e compõem as condições institucionais e político-sanitárias da dimensão brasileira da Campanha Global de Erradicação da Malária deslanchada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1955.
As questões apresentadas por Chagas são explicitadas exatamente num momento de transição na história do Brasil e dos seus serviços de saúde pública: a ruptura com a chamada república oligárquica e a instauração de um novo regime de caráter autoritário, modernizador e centralizador em 1930, que perdurará até 1945, e a criação, também no ano de 1930, do Ministério da Educação e Saúde Pública. O novo ministério era uma antiga demanda do movimento médico-higienista e sua organização pretendia encerrar um período de fragilidade institucional e timidez geográfica que caracterizava a saúde pública até os anos 1920. O intuito era aumentar sua capacidade organizacional e técnica para agir em todo território nacional. Por outro lado, as

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