Saúde doença como processo social

O texto “A saúde–doença como processo social” de Asa Cristina Laurell tem como objetivo discutir se a doença é essencialmente biológica ou social, e quais as razões de seu aparecimento. Essa polemica será discutida tanto no desenvolvimento da medicina como também na sociedade em que ela se articula.
No auge desta polemica, encontra-se explicação para a doença fora da medicina, na crescente crise politica, econômica e social, e a partir desse momento as lutas populares iram ser a base social pela qual essa polemica se sustenta. Mas o motivo principal (interno a medicina) que da origem ao questionamento doença sendo social, ou biológica, foi na dificuldade em gerar a compreensão dos principais problemas de saúde que afligem os países industrializados, onde a medicina clinica não oferece mais solução satisfatória para a saúde da coletividade.
Para comprovar que a melhor forma que se tem o caráter histórico da doença é o estudo de suas características quanto ao processo que ocorre na sua coletividade e não o contrario, apenas ao individuo. Será nos perfis patológicos que os grupos sociais apresentaram o melhor caráter social da doença. O perfil patológico se constitui considerando o tipo de patologia e a frequência que determinado grupo apresenta em um dado momento.
Nas sociedades que diferem em seu grau de desenvolvimento e organização social devem apresenta uma patologia coletiva diferente, e dentro dessa mesma sociedade as classes que a compõe mostraram condições de saúde distintas.
A autora ira analisar dados por registros do México para explicar a tese que ela defende. Em um primeiro registro as causas principais de morte é por doenças como: a pneumonia e as gastrenterites e colites. Já em outro período há uma diminuição importante nas doenças infecciosas como a tuberculose sífilis e ate mesmo a varíola como sendo erradicada. Mas ocorre um aumento absoluto, nas taxas e no lugar que ocupam no quadro patológico, das doenças do coração, dos tumores malignos, das