OS SUPER AGUDOS DO SAX Para se tocar no registro dos superagudos, é preciso conhecer e dominar as embocaduras do saxofone. Estas podem ser comparadas à de um trompete, que, na mesma posição de dedilhado, fazem várias notas com mudanças na embocadura. Esse mecanismo é desconhecido pela maioria dos saxofonistas que tentam em vão tocar os superagudos lançando mão somente das posições, criando uma concepção errada de que, apertando ao máximo o lábio, conseguiremos atingir os agudos. Dessa forma, o que resulta são os apitos. As posições dos agudos são pouco divulgadas e ajudam a frustrar o estudante, que então começa a atribuir a culpa por não dominar os superagudos às posições, à boquilha, à palheta, ao instrumento, namorada, cachorro, síndico, etc. Então ele espera que, com os anos de estudo, sua embocadura fique mais fiel. Mas os anos passam, o saxofone passa de pai para filho e nada de sair os superagudos. De vez em quando sai um agudo, mas ele sempre falha na hora em que se precisa dele. Então, começa a achar que os superagudos é dom de alguns. Os saxofonistas têm que conhecer e dominar as suas várias embocaduras que se diferenciam por : * Pressão dos lábios sob a palheta * Velocidade do ar * Espaço interno da boca * Posição da língua, que, dependendo do lugar onde se posicionar (mais para cima ou para baixo), mudará a emissão do harmônico e, conseqüentemente, a nota emitida. Com a mesma posição de agudo, podemos fazer 4 ou 5 notas diferentes. Antes de começar com os exercícios para dominar os agudos, é preciso ter consciência de alguns fatos : * o motor do saxofone é a boquilha, a estabilidade é a palheta e a aerodinâmica é o instrumento. Nós somos o condutor. 1ª parte - Boquilhas A primeira coisa que um saxofonista fala a outro é: que boquilha você usa? Essa tal boquilha já é uma lenda. O que sabemos é que a mesma boquilha tem som diferente (timbre), dependendo de quem a toca. Existem boquilhas que têm o som mais brilhante e outras com o som mais