Saude e doença no ponto de vista gestalt terapia - a relação familiar e a homossexualidade
Gustavo Vinícius
Marta Carmo
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2012
RESUMO
O ser humano como um “ser no mundo” existe por suas relações com as pessoas e com os objetos, e as experiências vividas dessas relações. Abrange aquilo que é e está vivendo, assim como as suas diversas possibilidades, que estão inseridas na sua existência. Trás vivência de paradoxos, onde com tantas possibilidades devem-se fazer escolhas e com isso muitas renúncias. Mas são esses pólos da vida cotidiana que constituem uma totalidade e a compreensão por já ter vivido cada oposto da situação. No fluxo do existir os acontecimentos vão mudando de sentido e esses significados mudando, nos gera insegurança no agir. Para viver nossa própria existência, precisamos enfrentar essas incertezas e abrirmos as possibilidades mesmo com a insegurança, o paradoxo, que existe. Se abrir para essas possibilidades mesmo com os conflitos é o que chamamos de ser sadio. A saúde existencial está ligada com a capacidade de conseguir estabelecer relações eficientes quanto a sua amplitude e as restrições do existir. Já aquela pessoa que se encontra doente possui uma relação consigo e com o mundo restrito. O adoecer existencial só ocorre quando as limitações e os conflitos não são enfrentados e reconhecidos pelo sujeito, fazendo com que mesmo com tantas possibilidades tornam-se exageradamente amplos e dominantes na sua vida.
Saúde e Doença
Para Goldstein (citado por Augras, 1998) pioneiro em neuropsicologia moderna, a doença é o “obscurecimento da existência”, levando em conta o pressuposto de que a saúde não é um estado, mas sim, um processo de atualização com o mundo e suas mudanças constantes em uma construção mútua, o ser e o mundo se atualizam, portanto, conjuntamente, passando da esfera do possível, para a esfera do real, ou seja, tendo a percepção das constantes mudanças e