saude publica
A prática veterinária voltada para a promoção da saúde animal é bastante antiga. Alguns escritos que relatam a história das civilizações da Suméria, Egito e Grécia já citam a atuação de curandeiros de animais. As técnicas para o tratamento médico, cirúrgico e obstétrico individual dos animais começaram a ser aperfeiçoadas ainda nesta época e tornaram-se cada vez mais requisitadas, persistindo mesmo após o surgimento da civilização urbana. Com o início da aglomeração das moradias e a criação de algumas cidades com condições precárias de higiene, houve um aumento do número de enfermidades que acometiam os animais. Para tentar amenizar a situação, duas estratégias de controle destas doenças foram descobertas e começaram a ser aplicadas em nível local: o emprego da quarentena (segregação dos animais doentes dos sadios) e o sacrifício de animais enfermos. Essas práticas continuam sendo utilizadas até os dias atuais Durante a Idade Média e o Renascimento, os serviços veterinários limitaram-se a aplicação das habilidades de reconhecer sinais de doenças específicas e ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas técnicas de diagnóstico, algumas delas conhecidas até hoje. A entrada de Médicos Veterinários no campo de prevenção e controle das doenças transmissíveis a humanos e nos serviços de Saúde Pública em geral foi possível não só pelo reconhecimento de que estes possuem conhecimentos e habilidades em medicina populacional, mas também pela importância que as zoonoses têm no campo das doenças transmissíveis, chegando a totalizar 80% destas em humanos. As habilidades e atribuições próprias de sua profissão que os veterinários levam para a Saúde Pública fazem com que exista um elo entre a saúde humana e os demais fatores que a cercam.