Saude no chile
História da Saúde Coletiva do Chile O problema da organização dos serviços de saúde pública arrastava-se no Chile desde fins do século XIX, sendo parcialmente resolvido em 1918, quando é publicado o primeiro Código Sanitário que criou a Dirección General de Sanidad. Poucos anos depois, foi criado o Seguro Social Operário Obrigatório (1924). Uma grande reforma ocorreu em 1952, que deu vida ao Serviço Nacional de Saúde-SNS. Na origem, o SNS incorporou todos os serviços assistenciais prestando atenção curativa para indigentes e trabalhadores formais e serviçes de prevenção de forma universal, através de uma rede distribuída por treze zonas da saúde. Porém o SNS já teria nascido deficitário, o crescente acesso da população sem direito legal ao SNS e a deterioração dos salários dos médicos funcionários, fomentaram intenso movimento de reforma que se alastrou por mais de uma década, até se encontrar uma solução de compromisso em 1968. A nova reforma consistiu na introdução, no SNS, de um regime especial só para os empregados que permitia o atendimento nas bases da medicina liberal, ou seja, o paciente teria escolha livre do profissional pagando um plus por cada ato médico. A gestão do esquema ficou a cargo do Colégio Médico, que saiu assim mais fortalecido. Essa saída foi considerada provisória até ser criado um Sistema Unificado de Saúde-SUS, com cobertura universal, sem distinção entre classes sociais. Desde que Allende assumiu o governo, em fins de 1970, tentou negociar o SUS com o Colégio Médico sem sucesso. Durante o período do governo militar ( 1973 a 1990), ocorreram as seguintes mudanças: * Livre escolha entre setor público ou privado, ou seja, as pessoas passaram a optar pela destinação de suas contribuições obrigatórias para um dos dois subsistemas; * Criação de um Fundo Nacional de Saúde – Fonasa, para arrecadação, administração,