Saude mental e saude coletiva

SAÚDE COLETIVA E SAÚDE MENTAL

Considerando a saúde coletiva como uma série de técnicas e recursos utilizados para intervir nos problemas e situações relacionados a saúde, pode-se afirmar que a saúde coletiva tem um grande compromisso com a saúde mental. Isto é, o Ministério da saúde, cada vez mais, tem apoiado a criação de centros de atenção psicossociais nos últimos cinco anos. Como consequência deste apoio, o número de centros psicossociais cresceu significativamente. E a saúde coletiva, por sua vez, a partir de seus serviços públicos, tornou-se responsável por garantir acesso, integralidade, e resolutividade na assistência prestada nos demais CAPS. E, além disso, certamente, organizar a assistência e os impactos subjetivos nos profissionais próprios do trabalho com a psicose, a partir de um constante acompanhamento e análise destes centros. Entretanto, quando consideramos a importância dada as doenças físicas, podemos concluir que a saúde coletiva ainda tem muito o que contribuir com a saúde mental. Isto é, principalmente nos países em desenvolvimento, embora já estejam sendo criados muitos centros psicossociais, as doenças mentais ainda não recebem a devida atenção. Principalmente quando consideramos os CAPS como práticas extremamente importantes para a saúde mental, uma vez que estes centros constituíram uma excelente forma de substituição dos manicômios. Estudos mostram que, embora a saúde coletiva tenha promovido importantes mudanças no campo da saúde mental, estas ocorreram, e ainda vem ocorrendo, com restrito acompanhamento, elaboração e contribuição instrumental. Muitos estudos ainda precisam ser feitos neste campo. Deve-se, portanto, haver o estabelecimento de um maior vínculo entre estes dois campos, considerando que o fortalecimento de tal vinculação seria extremamente benéfico para ambas as partes envolvidas. Dessa forma, então, seria possível a constituição de um campo interdisciplinar de saberes e práticas.