saude do homem
Publicada em 16/07/2010
Levantamento feito com as sociedades médicas brasileiras, antropólogos, psicólogos, membros do Conass e do Conasems, quando foram ouvidos cerca de 250 especialistas, mostrou que os homens não costumam frequentar os consultórios por conta de três barreiras principais: cultural, institucionais e médicas. A pesquisa serviu como subsídio para a política nacional de atenção à saúde do homem, implementada no Sistema Único de Saúde, e vai ao encontro aos objetivos principais do Dia Internacional do Homem, que visa melhorar a saúde dessa população.
Não adianta criarmos a política se o homem não for às unidades de saúde, isso acarretará em mais custos para o SUS. Hoje, do jeito que funciona, os homens buscam os serviços quando já têm de se internar; isso gera custos para o sistema, custos psicológicos para o homem e para a família, além da dor e sofrimento, alerta o coordenador da área técnica de saúde do homem do Ministério da Saúde, Baldur Schubert.
Dentre as barreiras culturais, Schubert cita o conceito de masculinidade vigente na sociedade, no qual o homem se julga imune às doenças, consideradas por ele sinais de fragilidade. O homem como provedor não pode deixar de trabalhar para ir a uma consulta. Eles não reconhecem a doença como algo inerente à condição do homem, por isso acham que os serviços de saúde são destinados às mulheres, crianças e idosos, explica o médico. Além disso, outra dificuldade é que eles não acreditam em profilaxia, o que prejudica o trabalho em prevenção.
Em relação às barreiras institucionais, o levantamento mostrou que os homens não são ouvidos nas unidades adequadamente, por isso frequentam pouco esses locais. O fato de grande parte dos serviços serem formados por profissionais mulheres também impede que eles encontrem espaço adequado para falar sobre a vida sexual, como, por exemplo, relatar uma impotência. De maneira geral, faltam estratégias para