Saude brasileira

LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO QUE O TERMO "PALIATIVO" VEM DO LATIM PALIUM E SIGNIFICA MANTO PROTETOR, APRESENTE ARGUMENTOS CAPAZES DE COMPROVAR QUE A FIGURA 2 É UMA NEGAÇÃO DA FIGURA 1 NO QUE CONCERNE À SITUAÇÃO REAL DA SAÚDE BRASILEIRA.

Sonhar o pão de todo dia e ser aquele que mastiga
Tom Zé

Uma situação conflituosa e polêmica na política da saúde brasileira é decorrente nas entradas e saídas de governos e presidências. Através da novela tivemos contato com uma situação de doença em que surgem profissionais para amparar, os chamados “médicos de mentira”; eles existem realmente para pacientes que necessitam de cuidado paliativo para continuarem seus tratamentos, bem como para seus familiares terem um suporte melhor em situações de risco de vida. Porém, como em toda telenovela as situações são sempre mais favoráveis e utópicas do que na realidade, no que concerne às necessidades da população atual do Brasil, o programa existe, mas definitivamente não atende de forma satisfatória uma gama enorme de pacientes. Podemos verificar que essa teledramaturgia oferece uma visão pasteurizada e superficial da realidade, evitando reflexões sociais mais profundas e estruturais. Isso ocorre, primeiro por causa de uma concepção ideológica que se quer reproduzir; em segundo plano, por se tratar de entretenimento para as massas em que se acredita que, por limitações intelectuais destas, não se pode ir muito a fundo na análise da realidade, ou seja, é preciso agradar ao público, oferecer-lhe algo imediatamente palatável; em terceiro lugar é preciso evitar que se apareça as contradições da sociedade, evitar suscitar a necessidade de conflitos para crescer, a necessidade de mudanças estruturais. Que esses temas injetados na população funcionem mais como um alerta do que como mais um sonho que nosso país ainda não vive, de maneira a respeitar qualquer forma de vida: quer seja ela especial, necessitando de cuidados máximos, ou vidas que ainda estão por