Saturação de TC´s
Conforme os Sistemas Elétricos de Potência crescem em tamanho e complexidade, apresentando aumento nos níveis das correntes de falta, os relés de proteção e os equipamentos de medição passam a desempenhar um papel cada vez mais importante. Para tal finalidade, eles requerem uma reprodução precisa das correntes do sistema. Assim, os transformadores de corrente (TCs) são empregados na redução das correntes primárias do sistema.
A função dos transformadores de corrente, também conhecidos como transdutores, é transformar as correntes oriundas do sistema de potência em valores de baixa magnitude e fornecer isolação galvânica entre a rede elétrica e os relés e outros instrumentos conectados ao enrolamento secundário do TC.
Os ajustes deste enrolamento têm sido padronizados, e um certo grau de intercâmbio entre os fabricantes de relés e medidores pode ser obtido. Em muitos países os enrolamentos secundários dos TCs são ajustados para 5 A, enquanto que na Europa um segundo padrão de ajuste de 1 A é também utilizado. Estes são valores nominais e os transdutores devem ser projetados para tolerar valores maiores oriundos de condições anormais de operação do sistema. Assim, os TCs são concebidos para suportar correntes de falta e outros surtos por poucos segundos, que podem atingir valores de até 50 vezes a magnitude da corrente de carga (Horowitz e Phadke, 1995).
Os TCs, que são magneticamente acoplados e com multi-enrolamentos, podem ser dispositivos isolados ou estar embutidos nas ramificações de alguns equipamentos de potência, como circuito de disjuntores ou transformadores com aterramento. Dispositivos transdutores mais recentes utilizam tecnologias eletrônicas e componentes de fibra ótica, mas sua aplicação prática ainda não está difundida por questões econômicas.
As correntes fornecidas pelo lado secundário dos transdutores devem ser reproduções fiéis das correspondentes correntes do seu lado primário. Embora os dispositivos modernos atendam a