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653 palavras
3 páginas
condenado por sua vida pecaminosa, em que a luxúria, a tirania e a falta de modéstia pesam como graves defeitos. A figura do Fidalgo, orgulhoso e arrogante, permite a crítica vicentina à nobreza. Onzeneiro: usurário que alega ter deixado suas posses em terra; querendo buscá-las, revela seu apego às coisas mundanas. O Diabo não que ele volte à terra para reaver suas riquezas, condenando-o ao fogo do Inferno.
Parvo: simplório, sem malícia, ele escapa ao Inferno, driblando o Diabo. É uma alma pura, cujos valores são legítimos e sinceros, o que o conduz ao Paraíso. Em várias passagens da peça, o Parvo ironiza a pretensão de outros personagens, que se querem passar por "inocentes" diante do Diabo.
Sapateiro: representante dos mestres de ofício, é um desonesto explorador do povo. Chega com todos os aparatos de sua profissão e, habituado a ludibriar os homens, procura enganar o Diabo, que o condena.
Frade: é acompanhado de uma amante. Ele é alegre, risonho, cantante, mas mau-caráter. Crê-se inocente por ser membro da Igreja, por haver rezado e estar à serviço da fé. Ele dá uma lição de esgrima ao Diabo (que finge não saber manejar uma arma), o que prova a culpa do espadachim, já que frades não lidam com armas. A crítica vicentina ao clero é incisiva: os homens da fé não sabem ser pacíficos, verdadeiros e bons.
Brizida Vaz: agenciadora de meretrizes e feiticeira. Ela é conhecida de outros personagens, que utilizaram em vida seus serviços. Inescrupulosa, traiçoeira, cheia de ardis, não consegue fugir à condenação.
Judeu: acompanha-o um bode. Não obedece à doutrina cristã e é detestado por todos, inclusive pelo próprio Diabo. É oportuno ressaltar que, durante o reinado de D. Manuel (época em que viveu o autor), houve uma grande perseguição aos judeus, com o propósito de expulsá-los de Portugal.
Corregedor e Procurador: juiz e advogado, personagens condenados pela imoralidade. Eles faziam da lei uma fonte de ganhos ilícitos e de manipulação de