Sapir VS Pinker

Sapir VS Pinker

A definição de língua e como esta se constitui no ser humando tem sido uma das principais discussões que percorrem o campo da linguística. Diversas linhas dentro da ciência inaugurada por Saussure surgiram desde então, procurando solucionar questões como esta. Nos Estados Unidos o alemão Edward Sapir, um dos consolidadores da Línguistica no país e pesquisador do Estruturalismo, escola iniciada por Saussure, foi um dos principais contribuidores para a corrente linguística norte-americana e defendia a ideia da linguagem como consequência da vida humana em sociedade. Outra escola que procura solucionar estas questões é o Gerativismo, inaugurado por Noam Chomsky na segunda metade do século XX nos Estados Unidos. Partindo do princípio de que a fala é uma função biológica e inata do ser humano, tem como corroborador se suas ideias o canadense Steven Pinker. Enquanto o Estruturalismo de Sapir parte do pressuposto de que a linguagem é uma criação humana, que depende de sua cultura e tradição, Pinker trás o lado biológico da situação, afirmando o inatismo da linguagem humana. Pinker trabalha seu conceito de linguagem em seu livro The Language Instinct (1994) a partir de fundamentos biológicos e mais abstratos da linguagem. Sem se referir necessariamente à origem das línguas ou como elas se constituem estruturalmente, ele propõe que a capacidade humana de falar é a mesma capacidade da aranha de tecer teias, ambas naturais e instintivas. Comenta também que o homem possui pernas e que andará, pois isso faz parte de sua natureza biologia. Neste mesmo sentido, a língua é também desenvolvida, assim que os órgãos de fala estão suficientemente maduros e que o indivíduo seja exposto à fala. É importante lembrar que Pinker não nega o fato histórico e cultural da língua, o fato de terem sido criados dentro de uma convenção social sistematizada, porém, ele defende que isso só ocorreu graças à predisposição humana de possuir uma linguagem. Pinker também