A Crise Estrutural do Capitalismo
1. A “confiança” e a falta dela Muito se tem falado sobre a crise e junto com ela uma palavra é sempre mencionada, confiança, contudo, os cidadãos podem ter tudo, menos confiança diante de tudo o que está se passando. Em entrevista ao programa BBC, Brian Pitman, antigo chefe de negócios do Lloyds Bank, no intuito de encorajar os telespectadores, apresentou uma grande inovação conceitual no discurso da confiança ao dizer que a causa de todas nossas perturbações era alguma “superconfiança”. Demonstrou o significado de “superconfiança” ao afirmar que não pode haver problemas sérios hoje, pois o mercado sempre toma conta de tudo, mesmo que por vezes despenque inesperadamente, ele sempre subirá outra vez, e pra ele isso ocorrerá também agora.
2. A tríade pseudo-hegeliana A partir daí, todas as nossas perturbações podem ser explicadas por uma tríade pseudo-hegeliana: confiança, falta de confiança e superconfiança. Marx costumava dizer que nas páginas da revista The Economist, a classe dominante “conversava consigo própria”, contudo, agora, até mesmo no campo especializado dos “analistas